O Procon aplicou uma multa de R$ 1.057.540,00 devido ao número de reclamações sobre a falta de água em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Em 2023 foram 3,6 mil casos apurados, segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22).
Segundo o coordenador do órgão de defesa do consumidor, Gustavo Vendramin, diante do grande número de reclamações, o Procon abriu em janeiro a portaria para investigar a incidência de problemas no abastecimento.
O bairro mais afetado foi o Efapi com 400 casos, em segundo o Bom Pastor, com 200 e em terceiro o Santo Antônio, com quase 200 casos. Os bairros Presidente Médici e Centro também tiveram mais de 150 casos.
“Na maioria dos casos houve interrupção do fornecimento entre 12h e 24h, mas em alguns casos esse prazo foi ainda maior. A Casan foi notificada na semana passada e tem prazo para recurso”, disse Vendramin.
A equipe de reportagem da NDTV Chapecó procurou a Casan, mas até a publicação desta matéria, às 10h de segunda-feira, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação da Companhia.
Após denúncias, Chapecó ameaça romper contrato com a Casan:
O prefeito João Rodrigues disse que a Administração Municipal recebeu muitas reclamações sobre o serviço prestado pela Casan e por isso pediu rigor ao Procon na apuração das denúncias.
“Pedimos para a Casan que melhore seu sistema de distribuição, que contrate equipamentos modernos para identificar os vazamentos, pois água no reservatório não é mais o problema”.
João destacou ainda que tem água no município, mas ela não chega na casa dos consumidores. “Nós estamos reunindo documentos e se não melhorar o serviço nós vamos romper o contrato e municipalizar o sistema”, disse o prefeito.